Felicidade antes do #Sextou
- Aragonés Errante
- 21 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de out. de 2021
Procuramos a felicidade, assistimos vídeos, compramos livros, estudamos filosofias, pensamos em religião. Parece um estado difícil de se alcançar, penso nela e ecoa junto com outras palavras, distantes quase inalcançáveis. Colocaria ela do lado da utopia, nunca parece que conseguimos e quando estamos felizes sentimos que é efêmero, não vai durar muito, em estado de felicidade ficamos preocupados porque sabemos que vamos perdê-la. Sinto que só somos por segundos, no momento que somos conscientes, que o pensamento age, começa a preocupação, tira nosso foco, voltamos a não ser felizes.
Como você, já pensei, estudei, me questionei, nessas navegações aleatórias que concatenam uma matéria com outra cheguei em um vídeo do Clovis de Barros Filho, (assistam sem medo, o cara é o cara) e ele define tão simplesmente que parece mentira:
“Felicidade é um instante, é um momento, que você torce para não acabar tão rápido. Um instante de vida feliz é um instante que você agarra, que você lamente que tenha acabado, que você articula para repetir o mais rápido possível”
Ele fala de instante, momento, é passageiro quase fugaz. Clovis não dá as 10 formas de ser feliz, da fórmula quântica da felicidade, não chegamos nela com um curso de 199,90 R$.
Hoje acordei pesado, mal-humorado, o estresse do trabalho, a dor eterna na coluna, meu cachorro que mija onde quer! E lembrei desse vídeo, pensei, quero felicidade, quero momentos que não acabem mais, pensei na moto, tomar um bom café em um local tranquilo, escrever 20 linhas que ninguem vai ler, coisas que elevam meu estado de ânimo e sim, funciona, não preciso esperar ao Sábado, não preciso de férias (mentira, preciso sim) não preciso de uma viagem maravilhosa para ilhas Maldivas...
Precisamos (preciso) deixar de atrelar a felicidade a coisas grandiosas, planejadas durante a semana, o ano, a vida, cheio de expectativas, é um custo alto demais, a decepção geralmente é maior se não conseguimos concretizar nosso cronograma.
Vivemos pensando em um futuro que nunca chega, lamentando um passado que ja não existe (e que deformamos) deixando de lado o presente que é onde realmente nos encontramos.
É uma coisa meio maluca né? Não damos valor ao único momento que existe e que pode fazermos felizes.
Aragonés, agora vai me falar que não precisamos planejar nossas vidas, que temos que viver o CARPE DIEM? Definitivamente, não! Nossa vida necessita uma direção, um objetivo, mas acredito que temos que pensar mais na Microvida (sim, estou inventado conceito/palavra) que na Macrovida. Precisamos viver o dia, precisamos saborear as pequenas e deliciosas vitorias, treinei hoje, aquele café foi incrível, o almoço de hoje me lembrou o macarrão da minha mãe, aprendi uma nova formula no excel, consegui escrever mais um texto inteligível em português...
Obrigado, não sei quem vai ler, mas não importa, que saibam que nesse instante experimentei a felicidade, não queria que acabasse e procurarei retornar para quem sabe te deixar e me deixar ao menos um instante feliz.
Da uma olhada no video que mencionei:
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